Há quase nove meses, o senador José Sarney (PBMDB-AP) assumiu a presidência da Casa com as promessas de resgatar a imagem do Senado Federal. Passaram-se 262 dias desde então. O Congresso continua desacreditado (a Cãmara não está isenta), o quadro de servidores permanece intacto, e, principalmente, após escândalos de improbidade, José Sarney ainda está no poder.
Os números do Senado espantam. São 2,8 mil funcionários de confiança, que os senadores relutam em diminuir. A esses, unem-se 3,5 mil servidores terceirizados. O resultado dessa equação é uma folha de pagamento na ordem dos R$ 2,1 bilhões.
Na surdina dos gabinetes, os atos secretos integram esse quadro parasitário das finanças públicas. São esses os papéis pecaminosos, aspergidos com a bênção final de José Sarney, que mantém as regalias dos senadores e os privilégios concedidos aos quase 10 mil funcionários do Senado.
Seis meses atrás, a Fundação Getúlio Vargas elaborou uma reforma administrativa para sanar os vícios de ilegalidade do quadro de pessoal do Senado. Sarney declarou, prometeu, aliás, que vai levar a proposta a cabo. Até lá a conta permanece um fado, e que pesa no orçamento do contribuinte.
Com informações de O Estado de São Paulo
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