quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Motivo da demissão de Jader Torres foi político

Ao contrário do que se especulou, o ex-diretor do DER não foi exonerado por incompetência na gestão do Departamento de Estradas de Rodagens

Em entrevista ao Jornal da Manhã 95, Jader Torres deixou implícito que sua demissão teria sido motivada por questões políticas.  Afirmou ainda que sua relação com a governadora Wilma de Faria vinha se desgastando há, pelo menos, quatro meses.

As causas do desgaste, conforme Jader, foram agravadas desde o momento em que o ex-diretor do DER foi a cidades do interior para visitas técnicas a obras do Governo do Estado, ocasião em que o deputado do PMN Robinson Faria esteve presente e discursou sobre a importância dos empreendimentos.  Foi o estopim.

"No dia seguinte, a governadora me ligou muito chateada.  Ela me perguntou: você é diretor do DER ou assessor político de Robinson?", disse Jader à entrevista conduzida pelos jornalistas Tulio Lemos, Daniela Freire e Marcos Aurélio de Sá.

Questionado sobre a possibilidade de haver a intervenção do vice-governador em sua exoneração, ele afirmou que o vínculo entre eles sempre foi de cordialidade, mas destacou o caso da dispensa de licitação, em que sua conduta foi vista como empecilho às ações da pasta de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente, da qual Iberê é titular.

"Por questão de seguranção jurídica, eu pedi cinco dias para analisar os documentos.  O caso era emergencial, mas isso não significa agir precipitadamente", afirmou Jader.

Durante os 30 meses em que esteve à frete do DER, metade da malha ferroviária do estado recebeu algum investimento, entre recuperações e construções, o que totaliza 1500 km.

Jader Barbalho negou a possibilidade de ingressar na carreira parlamentar, bem como desmentiu o boato de que o senador José Agripino o teria procurado.  Sobre eleições de 2010, encerrou a entrevista declarando abertamente que "Voto em Wilma para senadora".

Nenhum comentário: