Irreversibilidade demasiada reversível
“É pré-candidato e vai percorrer o RN lançando seu nome. Qualquer conversa em relação a ser vice é mera especulação”, disse Fábio Faria (PMN) em relação ao pai, o presidente da AL do diretório estadual do PMN, o deputado Robinson Faria.
Até que alguém venha a corrigir um eventual deslize meu, o de Robinson não assumiu publicamente sua candidatura, afirmo correta a posição do deputado, assim não fica desacreditado como fez no último pleito. Relembrarei.
Quando Wilma de Faria decidiu-se por concorrer à reeleição para o Governo do Estado, a contenda que foi pauta dos jornais, à época, foi a disputa para o senado dentro da base governista: o mandato de Fernando Bezerra estava terminando, se a "Guerreira" queria ficar onde estava, ele não seria insano de não tentar mais oito anos no Congresso Nacional.
A questão é que Robinson dispunha de aceitação popular para também pleitear a vaga ao Senado, e chegou a declarar como irreversível a candidatura que o levaria para Brasília, se tivesse concorrido e sido eleito.
Como se sabe, tudo permaneceu do jeito que estava, exceto Fernando Bezerra, que se despediu do Distrito Federal incrédulo da derrota para Rosalba Ciarlini.
Agora, o deputado do PMN parece agir com cautela. Não se mostra publicamente como candidato, mas sua inexorável vontade de ocupar a cadeira de governador é visível. Sem um apoio de peso a seu projeto ele não decola - exatamente a situação em que se encontra João Maia.
A candidatura de Iberê Ferreira já está nas ruas competindo com a de Rosalba. Essa disputa é irreversível. Já Robinson e João estão em uma irreversibilidade demasiada reversível. Paradoxo compreensível; serão candidatos, mas não se sabe quem disputará o quê, e nem um dos dois ousa proclamar isso, porque sabem que podem ter que recuar de uma decisão precipitada.
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