Definições da Wikipedia (com adaptações)
Clara Camarão: foi uma indígena brasileira da tribo potiguar na Capitania do Rio Grande. Nascida na metade do século XVII, foi catequizada por padres jesuítas juntamente com seu marido Filipe Camarão. É considerada uma das precusoras do feminismo no Brasil, já que ela rompeu barreiras acabando com a divisão de trabalho da tribo ao se afastar dos afazeres domésticos, para participar de batalhas junto ao seu marido durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife.
Dilma Roussef: é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), atualmente ministra-chefe da Casa Civil e pessoa mais cotada a ser o candidato apoiado pelo atual governo para as eleições à Presidência da República, em 2010. Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia. Conhecida pelo temperamento difícil, passou a estar no centro de várias polêmicas.
Dois nomes, que mesmo não contemporâneos, encenam o palco político desta quinta-feira (19). Na primeira viagem pós-apagão, a hoje ministra da Casa Civil, acompanha o presidente da República para trazer uma mudanção insignifante ao estado: de Pólo de Guamaré, o complexo petroquímico passa a se chamar Refinaria Potiguar Clara Camarão. Uma afronta à memória da indígena. Uma provocação ao povo norteriograndense, e uma vergonha para o Governo do Estado.
Ninguém em pleno domínio de suas faculdades mentais há de julgar que o governo federal faz um serviço relevante ao Rio Grande do Norte. Nesses tempos em que fazer parte do círculo de prestígio do "Filho do Brasil" é crucial para garantir investimentos, a governadora Wilma de Faria perde, e deixa clara que seu talento nato na articulação regional da política é impotente quando atravessa as portas do Itamaraty.
Clara Camarão - o pólo petroquímico - soa como prêmio de consolação pelas sucessivas perdas que o estado sofreu na administração do presidente Lula. É um desmérito dão grande, que foi escodindo sob o signo de um nome poderoso. Não esquecemos a refinaria que foi para Pernambuco; tampouco a de que dispõe o Maranhão. Parece incoerente que esses dois estados disponham desse aparato técnico, quando o, até pouco tempo, maior produtor de petróleo em terra não o tem. Isso sem mencionar um aeroporto que se arrasta desde o século passado esperando uma definição para o modelo de gestão.
Agora, o "Filho do Brasil" e a "Mãe do PAC" vem com o discurso desafinado de uma produção bem superior à já existente, tudo para promover a imagem de Dilma Roussef. Vão conseguir. Clara Camarão, a mulher, deve está indignida com o uso de seu nome. Inconformada que à sua história tenham anexado uma homenagem tão desonrosa.
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