quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Veja a cronologia das denúncias envolvendo o governo do Distrito Federal

27 de novembro - Com autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Polícia Federal deflagrou na última sexta-feira (27) a Operação Caixa de Pandora, que inicialmente investiga fraude em licitações no governo do Distrito Federal. Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. As buscas incluíram a residência do governador e de seus aliados. A PF apreendeu R$ 700 mil em dinheiro, US$ 30 mil e 5.000 euros nos 24 endereços onde foram realizadas as ações de busca e apreensão.

27 de novembro - Arruda exonera o secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que gravou imagens do governador supostamente oferecendo propina para parlamentares da base aliada. Arruda também afasta dos cargos outros quatro assessores diretos: José Luiz Valente (secretário de Educação), José Geraldo Maciel (secretário-chefe da Casa Civil), Fábio Simão (chefe de gabinete) e Omézio Pontes (assessor de imprensa do governo do DF).

28 de novembro - Recluso em sua residência oficial, Arruda decide que vai permanecer no cargo e se defender, informa Fernando Rodrigues em seu blog.

28 de novembro - Um dos vídeos gravados pelo ex-secretário Durval Barbosa mostra Arruda recebendo dinheiro.

29 de novembro - DEM divulga nota e exige que Arruda esclareça as denúncias.

29 de novembro - Arruda e seu vice, Paulo Octávio (DEM), se manifestam pela primeira vez sobre as denúncias e negam participação em suposto esquema de corrupção.

30 de novembro - A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o PSOL e o PSB defendem o impeachment de Arruda.

30 de novembro - Flagrada em vídeo, deputada distrital Eurides Britto se diz perplexa e alega que gravação foi deturpada.

30 de novembro - Flagrado em vídeo, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), diz que guardou dinheiro em meia por segurança e denuncia chantagem.

30 de novembro - Vídeo mostra aliados de Arruda orando após receber propina.

30 de novembro - Câmara Legislativa do DF dá início a processo contra oito deputados por quebra de decoro parlamentar.

30 de novembro - Arruda faz o primeiro esclarecimento público sobre as denúncias de corrupção. Ele disse que vai "lutar até o fim" para provar que é inocente das acusações

30 de novembro - Após as denúncias, PDT, PPS e PSB deixam governo do DF e defendem afastamento de Arruda do cargo.

1º de dezembro - Câmara do DF recebe dois pedidos de impeachment contra Arruda.

1º de dezembro - Em nota, Arruda diz que apresentará provas "irrefutáveis" de inocência e nega ameaças para pressionar o DEM.

1º de dezembro - Aliado do DEM, PSDB deixa governo de Arruda e cobra respostas rápidas às denúncias. É o quarto partido a sair do governo do DF.

1º de dezembro - Câmara do DF abre processo para investigar sete deputados e dois suplentes por quebra de decoro parlamentar. Eles são acusados de receber propina.

1º de dezembro - A Executiva Nacional do DEM decide abrir processo disciplinar contra Arruda. Ao final, o processo pode resultar na expulsão de Arruda do partido.

2 de dezembro - PSOL, PT, CUT e ministros evangélicos protocolam na Câmara Legislativa do Distrito Federal novos pedidos de impeachment de Arruda. O governador é alvo de seis processos.

2 de dezembro - Cerca de 150 manifestantes invadem a Câmara Legislativa do Distrito Federal para protestar contra o suposto esquema de corrupção envolvendo o governador Arruda. Após um dia de tumulto, os manifestantes decidem acampar no plenário da Casa.

3 de dezembro - Reportagem da Folha informa que integrantes da cúpula do PMDB são citados como beneficiários do mensalão do DEM em diálogo gravado por Durval Barbosa com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca. Entre os citados está o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que negou as acusações.

3 de dezembro - PSB entra com sétimo pedido de impeachment contra Arruda na Câmara do DF. No mesmo dia, manifestantes voltam a ocupar o plenário da Casa em protesto pela não realização da sessão. Eles carregavam um caixão, panetones e bandeiras de partidos, como PSOL e PSTU. Além disso, cantaram hinos de protesto e fizeram trenzinho no plenário.

3 de dezembro - O Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios instaura processo administrativo para apurar o suposto envolvimento do conselheiro Domingos Lamóglia no esquema de corrupção no DF.

4 de dezembro - A Procuradoria da Câmara Legislativa do DF recomenda que apenas dois dos oito pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) sejam analisados. Os pedidos que atingiam o vice Paulo Octávio foram rejeitados.

4 de dezembro - A Justiça concede a reintegração de posse solicitada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para retirar os manifestantes que ocupam o plenário da Casa.

7 de dezembro - A OAB-DF protocola novo pedido de impeachment de Arruda e do vice Paulo Octavio por crime de responsabilidade. Já foram apresentados outros 10 pedidos de impeachment contra o governador na Câmara do DF. A Procuradoria da Casa já rejeitou seis e acolheu dois.

7 de dezembro - Citado em vídeo de propina, o presidente do PPS-DF, Fernando Antunes, pede licença do cargo e de outras posições nas instâncias nacional e regional do partido.

7 de dezembro - PMDB deixa governo do DF e livra deputados flagrados em vídeo de propina. O PMDB é o sexto partido a desembarcar do governo Arruda desde o início das denúncias. Até agora, PPS, PSDB, PSB, PDT e PV já retiraram o apoio ao governo do democrata.

8 de dezembro - Câmara do DF aceita três dos 11 pedidos de impeachment contra Arruda. Foram aceitos os processos apresentados pelo presidente do PT no DF, Chico Vigilante, pelo advogado Evilásio dos Santos e pela presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros.

8 de dezembro - Correligionários de Arruda e estudantes que defendem a saída do democrata do cargo tumultuam sessão na Câmara do DF. O presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT), encerra o expediente e pede que todos os funcionários deixem a Casa. Após negociação, manifestantes deixam a Câmara.

8 de dezembro - Protesto contra Arruda termina em confronto entre manifestantes e policiais no DF. Três manifestantes foram presos e oito ficaram feridos.

9 de dezembro - Arruda entra com mandado de segurança no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a suspensão do processo interno aberto pelo DEM, que pode resultar em sua expulsão dos quadros do partido.

10 de dezembro - A ministra Carmén Lúcia, do TSE, nega o pedido de liminar feito por Arruda para suspender o processo do DEM. (Da Folha Online)

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