Com o desastre que abateu o Haiti, a diplomacia brasileira para o país caribenho deverá entrar em uma nova fase, na avaliação do Itamaraty. A expectativa é de que o governo brasileiro seja “mais exigido”, mas em contrapartida poderá consolidar seu papel de liderança no processo de paz haitiano.
Na avaliação de diplomatas, o trabalho de recuperação política do Haiti, que já era considerado “complexo”, vai exigir um compromisso ainda maior do governo brasileiro.
A expectativa é de que, depois da fase emergencial de socorro às vítimas, os países que integram as forças de paz, juntamente com as Nações Unidas, “reavaliem as prioridades” da operação.
Como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil “tem a chance de fazer valer suas perspectivas e visões” em relação ao Haiti, diz um representante da diplomacia brasileira.
País com o maior efetivo militar no Haiti, com 1.266 homens, o Brasil acabou conquistando um papel de protagonista no processo de paz do país caribenho.
A causa foi abraçada não apenas do ponto de vista militar, mas também diplomático, sendo vista como uma das principais bandeiras da política externa do governo Lula.
Além de reforçar sua influência na América Latina, a experiência militar brasileira no Haiti é vista no governo como mais um ponto favorável à campanha do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Adpatado da BBC Brasil
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