Um bunker para salvar Tropa de Elite 2 da pirataria
Cercadas de sigilo, filmagens começam segunda no Rio; estreia será em agosto

RIO
Um capitão Nascimento amadurecido, pai de um adolescente, que reflete mais sobre sua condição e tem como desafio combater as milícias (grupos criminosos formados por policiais e bombeiros) é o personagem central de Tropa de Elite 2, do diretor José Padilha - continuação de um dos maiores sucessos do cinema brasileiro e ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2008.
As filmagens, no Rio, começam segunda-feira, e a previsão de estreia é 13 de agosto, mas os envolvidos nada falam sobre sua trama. Faz parte da estratégia para conter a pirataria, que tirou do longa, nas contas da produção, 9 milhões de espectadores oficiais (2,5 milhões de pessoas assistiram na telona; o restante, em DVDs piratas).
"Vamos montar o filme dentro do caveirão", brincou o produtor Marcos Prado, durante entrevista convocada para falar do início da produção, ontem, no Rio. "A ilha de edição será quase um bunker. Temos orçamento e equipe só para isso." Caveirão é o veículo blindado da Polícia Militar do Rio, usado em operações arriscadas. Padilha lembrou que a primeira cópia pirata de Tropa surgiu na empresa de legendagem; desta vez, o número de funcionários que terão contato com a matriz será reduzido. "O Zé (José Padilha) disse que se a gente contar qualquer coisa, vai pro saco", brinca Maria Ribeiro, a Rosane, mulher de Nascimento, sobre a impossibilidade de dar detalhes.
De O Estado de São Paulo
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