Blogado do Correio Braziliense
Enquanto o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) completa hoje o sexto dia de prisão em uma sala de 40 metros quadrados na Superintendência da Polícia Federal, os oito deputados distritais citados no inquérito que investiga as denúncias de arrecadação e pagamento de propina no Distrito Federal continuam livres para exercer atividades parlamentares na Câmara Legislativa.
Apesar das cenas explícitas apresentadas nos famosos vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, os deputados que estrelam as filmagens não dão indícios de deixar a Casa. Os distritais que não aparecem nas cenas, mas têm os nomes citados nas investigações, também demonstram estarem à vontade no cargo.
A tranquilidade deles pode ser abalada, no entanto, com a provável aprovação da abertura dos processos disciplinares que podem resultar na cassação dos mandatos.
Tudo porque o acordo costurado para arquivar as representações contra os deputados perdeu validade na última quinta-feira, quando o governador foi afastado do cargo e preso por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Não foi apenas a prisão que jogou por terra a estratégia arquitetada para livrar os distritais acusados de corrupção. A ameaça de intervenção federal no Distrito Federal, pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), também complica a situação dos oito parlamentares manchados pelo escândalo.
Depois de dois meses sem mostrar qualquer esforço para punir os envolvidos, o clima na Câmara Legislativa começa a mudar. O sentimento é de que é necessário dar uma resposta para provar que a Casa não está inerte.
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