segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sobre apáticos e afins

A menos de dois meses da renúncia da governadora Wilma de Faria ao Governo do Estado, herdamos um legado de atropelos nas políticas públicas e uma federação que só avançou nas taxas de crescimento econômico porque foi impulsionada pelo panorama político global.

Refelestados em seu gabinetes, o alto escalão desse governo promoveu uma série de impropérios passíveis de revolta e risíveis. Um riso amargo, esboçado à força pela poderosa ineficiência da gestão de um estado em que as instituições públicas há muito faliram.

A educação virou artigo de luxo; a classe média paga as mensalidades chorando por migalhas, enquanto um direito assegurado pela Carta Magna é disputado em filas por pais que só podem oferecer aos filhos o ensino disponibilizado pelo Governo do Estado.

A segurança é algo tão improvável de se instalar por aqui quanto é a vitória de Iberê Ferreira em outubro próximo. Diariamente as páginas dos jornais trazem as manchas do sangue derramado pelo braço do crime organizado, porque o do estado é inerte: há muito tempo sofreu uma parilisia e só sabe acenar quando se trata de assuntos financeiros.

Não há saúde; não há médicos. O Hospital Walfredo Gurgel se tornou o carro-chefe da apatia desse governo, voltado à manutenção das forças aliadas para que a inércia que começou em 2003 se imortalize no Centro Administrativo.

Em dois meses, Iberê Ferreira irá acordar sem repetir para si mesmo um frase que virou rito pessoal: eu sou vice, eu sou vice. Assumirá a responsabilidade direta sobre problemas iniciados lá atrás, e que assombrarão sua campanha, no discurso de mudança que certamente Rosalba utilizará.

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