quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dono de jornal de Barueri diz ter sido alvo de atentado a bomba


Depois do ataque à equipe de reportagem do Novo Jornal, em Barueri a cena se repete. Em virtude de não compactuar com o governo gestor daquela cidade, o Leia o Jornal, impresso de lá, sofreu um atentado. Por sorte ninguém se feriu, mas algo inquieta e indigna: afinal de contas, onde está a democracia bradada pelos nossos governantes?

Na íntegra, o texto da Folha de São Paulo


A sede do "Leia o Jornal", de Barueri, foi alvo na noite desta terça-feira de um atentado a bombas de coquetel molotov.

O dono do jornal, José Alcides de Oliveira, afirmou à Folha Online que mora no local e estava assistindo televisão, por volta das 23h30, quando ocorreu o atentado.
Dono de jornal de Barueri diz ter sido alvo de atentado a bomba de coquetel molotov 
Duas bombas foram jogadas na garagem do jornal e dois carros de reportagem foram destruídos.


Dono de jornal de Barueri diz ter sido alvo de atentado a bomba de coquetel molotov

Segundo Oliveira, ao ouvir o barulho, seu filho foi até a janela ver o que estava acontecendo e viu dois homens armados na porta do jornal. Com o fogo se alastrando e a chegada de vizinhos, os criminosos teriam fugido.

A polícia e os bombeiros foram acionados e conseguiram controlar o fogo. Ninguém ficou ferido. Câmeras no local podem ajudar na investigação, segundo o dono do jornal.

Oliveira afirmou que tem recebido ameaças por conta de matérias investigativas contra políticos da região.
Segundo ele, ontem à tarde, um oficial de Justiça foi até sua residência entregar uma liminar que impedia reportagens contra o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PMDB).
 
Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria da prefeitura afirmou não ter conhecimento sobre o ocorrido no jornal e negou ameaças a Oliveira.

"Ele não tem a menor credibilidade e o trabalho dele é contra a honra do prefeito e de sua filha, ele quer desmoralizar personalidades políticas", disse o secretário de Comunicação da prefeitura, Tom Moisés.

Segundo ele, o Executivo já tomou medidas judiciais contra Oliveira por calúnia e difamação. "Ele quer extorquir as prefeituras em troca de anúncios publicitários."

Nenhum comentário: