A repercussão causada em torno da emissão da nota de solidariedade a Ana Tânia, ex-secretária de Saúde, pelas promotoras de Defesa da Saúde reacende o debate sobre radicalismos no modo de fazer jornalismo.
Sinceramente acredito que as promotoras fizerem bem na emissão da nota. Não faço aqui louvores ao trabalho de Ana Tânia, mas acredito que a preocupação das promotoras era apenas em razão da exoneração de alguém cujo trabalho elas mesmas, a quem incumbe fiscalizar, elogiam.
A imprensa de Natal, então, mira o MP para, nas entrelinhas da notícia, dizer que o papel do Ministério Público é de apenas fiscalizar. Entro, pois, em concordância com o que disse, a mim e tantos outros, o procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto. Abre aspas.
"O posicionamento do MP é em defesa de uma gestão técnica e democrática". Ponto. É isso mesmo. De que adiantaria o MP fiscalizar sem se posicionar a respeito de assunto de sua competência? Teríamos um órgão inerte e um trabalho realizado apenas, e tão somomente apenas, pela provocação.
Se houve excessos na nota, como reconheceu a própria Elaine Cardoso, a imprensa deveria ter atentado muito mais para rotatividade de cargos na Prefeitura do Natal do que para o conteúdo do texto discutido.
Caso não tivesse se manifestado, muito provavelmente questionariam o silêncio do MP. Quandou falou, atentaram para o excesso e não para o alerta que fez. A assertiva seguinte é de um colega e será conveniente em algumas situações à atuação do jornalismo daqui. Novamente, abre aspas.
"Imprensa intrépida se faz aqui, meu caro!" Infelizmente ei de concordar. Porque se faz.
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