Delegado não interviu em crime e ainda achou bonito

Em uma audiência pública em que se debate as formas de combate à violência infanto-juvenil, uma autoridade sai com uma fala estarrecedora e que questiona a sua credibilidade para servir à sociedade.

O episódio, na Assembleia Legislativa, deixou a plateia e os debatedores do "Diálogos abertos - conversas sobre realidades sociais" desconcertados, quando o delegado Júlio Costa, que cuida da Delegacia do Adolescente Infrator contou a seguinte história:

"Moro aqui no Tirol, só para constar, e por trás de minha casa tem uma praça, em que, outro dia, assisti três caras se revezando em ato sexual com uma garota".

Delegado Júlio Costa 
Foto: Rodrigo Sena, da Tribuna do Norte

Ouvindo isso de uma autoridade, esperamos, por lógica, que a fala seguinte seja para contar uma intervenção, mas olhem o que ele contou:

"Eu fiquei olhando e até achei bonito".

(EU FIQUEI OLHANDO E ATÉ ACHEI BONITO)

O delegado além de não ter intervido num caso de atentado público ao pudor ainda achou bonito.

Mais tarde, para contornar, ele fez uma pertinente observação: "a polícia não tem o devido preparo para lidar com casos de violência". Definitivamente, não tem.