O demo-tucano José Serra deu uma declaração infeliz, que reforça suas tentativas de se desevencilhar da imagem de FHC que carrega consigo, onde quer que vá.
A da vez foi sugerir que, uma vez Dilma eleita, o MST invadirá mais. Para sustentar seu arguemento, ele cita que "É inegável, indiscutível, que o Brasil sempre teve mais simpatia pelo [presidente venezuelano, Hugo] Chávez", disse Serra. "É inegável que o Chávez abriga essas Farc."
Mas vejam só que atrevido esse senhor de olheiras abundantes.
Salvo engano, foi o governo a que ele é vinculado, o de FHC, que o país era conhecido por ser subserviente à Whashigton de Bill Clinton.
Ficou clara a intenção de José Serra de plantar o medo no eleitor brasileiro ao sugerir que Dilma não só permitirá como dará aval à iniciativa torpe do MST de promover a reforma agrarária através da violência.
Dias antes, o seu vice, Indio da Costa (DEM) perdeu a oportunidade de ficar calado ao acusar o Partido dos Trabalhadore de ter ligação com as Farc e com o narcotráfico colombiano.
O nível da campanha já baixou a patamares em que é necessário se curvar ao chão para colher e interpretar as declarações ditas pelos candidatos.
Serra sabe disso. E vai se valer dessa condição para tentar desqualificar Dilma, pilastrada em Lula, um presidente de aprovação incontestável e inabalável.
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