da Folha de São Paulo
Um capítulo à parte na futura montagem de um eventual governo Dilma será o PMDB. A petista gostaria de não ficar tão dependente do partido, como ocorreu com o presidente Lula no segundo mandato, mas sabe que a legenda de seu vice Michel
Temer pode sair da eleição mais forte e querer ampliar seu espaço no governo.
Segundo um assessor, tudo dependerá do tamanho das bancadas dos partidos no Congresso Nacional. Como o PMDB pode ficar com o maior número de deputados e senadores, o partido terá poder na hora de negociar.
O PMDB deseja não só ampliar seu espaço como também consumar seu projeto de ter representante diário nas reuniões de coordenação de um futuro governo Dilma.
O partido, contudo, não irá discutir o assunto com a candidata antes da eleição.
No governo Lula, a sigla comandou seis pastas. Numa eventual equipe de Dilma, cobiça também o Ministério das Cidades, hoje com o PP.
Ganhando, a candidata gostaria que, na lista de ministeriáveis do PMDB estivesse o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão.
Ele conquistou a confiança da ex-ministra da Casa Civil durante a montagem do novo marco regulatório do petróleo no país.
Henrique Meirelles, recém filiado ao PMDB, deve estar na lista do partido para a área econômica. Meirelles não gostaria de ficar no BC.
Para diminuir sua dependências dos aliados, Dilma pretende estabelecer canais de negociação com a oposição, inclusive o PSDB. Para isso, conta com o bom relacionamento com o ex-governador de Minas Aécio Neves.
Presidente do PMDB, Michel Temer deverá ajudar Dilma na articulação política. PT e PMDB já têm candidatos para comandar a Câmara.
Por ora, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), seria candidato a cumprir um mandato de dois anos. Na sequência ou antes de Alves, a depender do acerto para o Senado, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), é cotado para o cargo.
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