Estão enganados quem pensa que a presidente do PV, Micarla de Sousa, é uma figura frágil. Eu me enganei. Quem pensou assim também se enganou. Micarla não é.
Também se engana quem pensa que sua mãe, Dona Miriam de Sousa, é apenas uma figura da rodas sociais de Natal. Não é. Ambas têm uma articulação política forte, que chegou aos ouvidos desse blogueiro por uma fonte de credibilidade inabalável, que a partir de hoje passserei a tratar por Guzinho, pessoa que mais tarde apresentarei.
Os planos do PV, traçados por Micarla e abençoado por Dona Miriam, são ambiciosos.
Micarla quer o primeiro-cavalheiro, Miguel Weber, na Câmara dos Deputados. Mas ele não quer. Weber quer uma cadeira na Assembleia Legislativa. Outro ponto: Dona Miriam não aprova a ideia da filha-prefeita: melhor manter Weber por perto.
A ideia da matriarca dos Sousa é deixar em Brasília apenas Rosy, a pessoa mais bem preparada dentro da família quando o assunto é administração técnica.
Priscila, apresentadora da TV Ponta Negra, de propriedade da família não pensa em política. Ela mesma já me disse isso em entrevista ao Novo Jornal. Do pai, ela herdou mesmo foi o carismo televisivo. Isso, para ela, basta.
Agora, atentem para um fato: o médico e deputado Paulo Davim havia decidido que não percorreria o estado em busca de votos; desistiu da carreira política. Mas, como bem lembra a ex-governadora Wilma de Faria, mestra nesse assunto, o que se diz hoje, amanhã pode não valer em política - esse texto, por exemplo, pode não fazer o menor sentido nas primeiras horas da sexta-feira que se avizinha.
Mas voltemos a Davim. O médico estava insatisfeito com o diretório de seu partido, mas agora ele ganhou ânimo. Comunicou à Micarla que vai disputar, dentro do partido, uma vaga para a suplência de Senador, na candidatura de Garibaldi Alves Filho.
Dona Miriam não está gostando. Nos planos dela, Rosy deverá preencher essa vaga, e podem esperar que o trabalho feito pela mãe e pela irmã, Micarla, será no sentido de reunir esforços para que Garibaldi tenha como suplente Rosy de Sousa. O clã está unido. Carlos Alberto deve estar feliz vendo que seu dom de articulação política não foi desperdiçado.
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