Uma declaração de Miguel Weber a respeito da demolição do Machadão pode levar ao equívoco quem assiste à peleja travada entre Governo e sociedade civil organizada.
No dia de São João, ele disse em entrevista que “O Morumbi, em São Paulo (frisou bem o ‘em São Paulo’), está fora da Copa porque mexeram no projeto. Imagine se Natal mexer”.
Ele certamente deve desconhecer - ou se conhece não lançou mão da informação - que o Morumbi foi descartado por questões políticas - essa velha senhora irmã siamesa das questões públicas que envolve grandes somas de dinheiro.
A exclusão do estádio do São Paulo Futebol Clube reflete a eterna queda de braço entre Ricardo Teixeixa e Juvenal Juvêncio, presidente do clube.
Um nota publicada pela Folha de São Paulo descreve a visita de Gilberto Kassab, prefeito da capital paulista, à fazend do presidente da CBF, onde eles teriam examinado o esboço do projeto "Pirititubão", novo estádio que seria construído para sediar a abertura da Copa, orçado em 1 bilhão de reais.
Somados os investimentos em infraestrutura, hotéis e centros de convenções o valor chega a 6 bilhões. O maior beneficiado seria J. Hawilla, que estaria articulando um fundo de investimento para promover essas intervenções, através de seu escritório.
O próprio presidente Lula declarou suspeição a respeito do assunto: "Eu não acredito que um estádio rico como o do São Paulo, em que já coube 100 mil pessoas, não sirva para a Copa. Realmente, eu acho estranho".
Pois voltando a Natal.
Há dois projetos, contratados sem licitação, para a construção da bendita arena dos jogos do mundial. Weber ir à imprensa falar que não se mexe nesses projetos porque Natal pode ser descartada da Copa é um discurso digno de, senão pouca, nenhuma atenção.
Não se mexe nesses projetos pela salutar questão de sempre: política(gem). E alguém vai ser beneficiado do jeito que as coisas estãos. Quem serão?
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