sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fui ao futuro e eu vi

Eu fui ao futuro. Testumenhei o abismo inegável que continuará esse Condado de Tenha Dó. Dá até pena. Mas eu fui lá, meninos; eu vi.

Vi o insuperável. Observei como as crianças de hoje se tornarão despreparadas porque o estado não tem chegado com políticas públicas sérias à periferia.

Sim, eu vi! Vi a violência contra a mulher crescer desastrosamente: macho frutrado, sem trabalho, e sem se reproduzir socialmente é uma criatura periclitante. Vi as meninas de hoje, mulheres marcadas pela violência amanhã!

Doeu, chorei, mas vi!

Vi a Segurança Pública do Estado se tornar um bang bang diário com balas e farpas de uma polícia despreparada e um de uma bandidagem muito bem aparelhada.

Testemunhei a Educação declinar ascendentemente. Possível? Sim. Eu vi. Vi nosso ensino crescer insignificantemente e ficando mais para trás ainda (se é que é possível) nos rankings de avaliação. Meninos, pasmem, eu vi!

Vi uma Natal desfigurada. A cena urbana transformada por um canteiro de obras para um evento em 2014. Sim, mesmo aí falhas gravíssimas eu vi.

Vi a falta de diálogos entre os próximos governos. Vi o Condado de Tenha Dó reduzido a uma província de valores chulos, de pessoas pequenas e de uma supervalorização do próprio eu.

Vi nossos meninos de hoje transformados em homens sem perspectivas. Vi a frutração!

Vi que a falta de políticas públicas sérias para absorver significativamente a população mais carente nos serviços de Educação.

Vi uma corja se degladiar por interesses particulares, travestidos de públicos. Cuspi!

E para os fanáticos de plantão, vi quem ganhará as eleições: um(a) governador(a) rodeado(a) de incompetentes e que verá seu papel de líder esvaziado. Vi um(a) algoz. Tenha Dó tá condenada a anos de solidão. Eu vi; vocês verão.

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