Exatamente. O sexo é indescritível. Ou seja, não dá para se escrever sobre ele. Dá para se escrever sobre sexo no sentido de que, digamos assim, a moça era de meia altura, loura e curvilínea e o rapaz alto, moreno e de olhos claros. Daí os dois se dão 1) um beijinho e 2) as mãos, para 3) ir depois ao cinema. Ou para o quarto do hotel, se quisermos beirar a audácia. O resto são reticências, ponto, parágrafo, virar a página e partir para um bate-boca ou tiroteio. O equivalente a deixar nosso casalzinho bem a sós no escuro às voltas com… bem, às voltas com suas voltas.
Isso, ao menos, em literatura. E segundo nosso bom e talentoso Martin Amis, escritor de meia-idade, meão, de lábios sobre o fino, cabelos macios e pele alva ansiosa por… Calma. Estou me deixando levar pelo assunto que ainda não cheguei a abordar nem de frente nem de costas para o arco adversário. Vamos tentar de novo abrindo outro parágrafo.Em recente palestra para estudantes e admiradores, realizada no Centro de Estudos da Universidade de Manchester, dedicado à nova literatura, o festejado romancista e ensaísta Martin Amis começou sendo controvertido e citável, o que nunca deixa de ser louvável em qualquer escritor que se preze. Disse ele o seguinte diante da plateia que se reuniu para ouvi-lo numa das palestras com o tema “Literatura e sexo”:
“O sexo é indescritível e, no entanto, ele povoa o mundo”.
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