A sessão em que serão apreciados os vetos da governadora Wilma de Faria ao OGE, amanhã à tarde, promete se tornar mais um episódio na novela da greve dos médicos e servidores da saúde do estado.
Eles (servidores) prometem polemizar com cartazes e barulho a plenária.
Dona Wilma vai tentar manter os vetos e já orquestra um modo de não se passar por mentirosa.
Se os vetos forem derrubados, o discurso que ela utilizou será enganoso, pois o Estado terá verbas para custear o plano de cargos e salários dos servidores da saúde.
Enquanto isso, os hospitais do estado operam com 30% de seu efetivo. Só atendem urgência, os casos mais recentemente classificados de abacaxis e pepinos pelos médicos paredistas.
O MPE ajuizou uma ação civil pública contra o Sinmed e a Susep. Quarta-feira ela será despachada pela juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública. Aí, médicos e governo têm 72 horas para se virar nos 30: ou levam a coisa a sério ou sofrerão sanções legais – a multa para o Sinmed é de R$ 5.000,00 diariamente por descumprimento da determinação judicial, se for acatada a denúncia do MPE.
Hoje, no Hospital Santa Catarina, uma mulher em trabalho de parto sofreu os efeitos da greve: não atenderam. Não sei que fim levou mãe e seu rebento. Torço pelo melhor, um óbito seria desastroso do ponto de vista humano e irremediavelmente amargo para Dona Wilma digerir.
Entrementes, abacaxis e pepinos seguem necessitando de um atendimento digno. Mas pelo preço de banana que está os médicos não fazem. Xepa funciona na merenda escolar ou no subfaturamento de obras. Na saúde não, chefinha, na saúde não!
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