Pão e circo para a ralé e votos para os palhaços

Os Amigos de Iberê promoveram pão e circo no Vila Folia na tarde de ontem. Um pão bolorento que tomou forma nos 900 kg de feijão e nas 40.000 latas de cerveja.

Um circo de muitos palhaços que ganhou vida no rosto de quem se pronunciou no palanque e expressão nos discursos de alusão constante a Deus.

O discurso do governador foi dramático. Marcado pela superação de sua doença e pela evocação de uma figura forte e destemida.

A plateia, puxada pelo entusiasmo dos bobos da corte, ovacionou Iberê Ferreira com ímpeto proporcional ao banquete servido.

Foi uma convenção política, apesar de no mesmo palco estarem João Maia, que reafirma a coligação com PMDB e PV e Wilma de Faria que descontruiu seu discurso. Foi uma palhaçada.

É uma palhaçada. Não o evento em si, mas os jogos que se promovem sob a nomenclatura de política. Isso não é política.

Quanto terá custado ao meu bolso e ao seu? Disse-me uma fonte, que o pão bolorento e o circo, aliás, o Vila, foram doados. Mas o buffet não. Esse foi pago, e o valor não foi revelado.

Ontem foi uma prévia do que podemos esperar dos próximos meses. Não vai ter debate político. Vai ter promoção e ataques pessoais, além de pão e circo para a ralé e votos para os palhaços.